O ano de 2018 foi marcado por fortes emoções. Afinal de contas, derrotamos nas urnas um ciclo político e econômico que levou o Brasil quase à ruína. A vitória de Jair Bolsonaro renovou as esperanças do povo brasileiro por dias melhores. No campo, os produtores rurais se vestiram de verde e amarelo para saudar os novos tempos. Sabemos que a lista de problemas a serem resolvidos é extensa. As reformas da Previdência e Tributária se colocam como prioridades máximas. Temos ciência de que 100 dias é muito pouco tempo para mudar o estado de coisas. No entanto, é preciso acelerar a gestão istrativa no enfrentamento de problemas pontuais que ficaram pendentes de solução desde a gestão ada. É o caso dos subsídios na energia elétrica utilizada no meio rural, que acabaram sendo retirados por decreto no final do governo Michel Temer. A retirada do imposto de importação de leite da Europa e Nova Zelândia também preocupa os produtores nacionais. O como de espera produz angústia e incertezas. A ansiedade só aumenta se colocarmos outros dois temas que exigem respostas para ontem: o Funrural e o endividamento agrícola.
Ainda na campanha eleitoral, o então candidato Jair Bolsonaro prometeu acabar com a cobrança retroativa no período em que o Funrural foi considerado inconstitucional pelo Supremo Tribunal Federal (STF). O PL 9252/2017, de minha autoria, faz a remissão desse ivo e está pronto para ser votado na Câmara dos Deputados. Já recebemos o sinal verde do presidente da República no sentido de resolver esse ime da melhor forma possível, colocando regras claras para que não tenhamos contestações jurídicas futuras contra o chefe do Executivo. Com vontade política e técnica legislativa podemos avançar. Não tem problema que o texto venha do Palácio do Planalto. A opinião pública precisa entender que as palavras perdão ou anistia não cabem nessa discussão do Funrural. É cobrança indevida que precisa ser extinta no intervalo de sete anos em que o próprio STF disse que o desconto era proibido. Um problema criado pela reversão do voto do ministro Alexandre de Moraes, o mesmo que agora censura a imprensa e persegue cidadãos que criticam a Suprema Corte. De 2017 para cá, a cobrança do Funrural está pacificada. O desconto está regulamentado e vem sendo feito sem problemas.
Em outra frente, o setor produtivo aguarda pelo anúncio de medidas emergenciais para o enfrentamento das dívidas agrícolas, que atingem um grande contingente de homens e mulheres do campo. Já tivemos sinalizações de que será praticamente impossível uma ação do Tesouro Nacional no sentido de implementar uma ampla securitização, que a nosso ver seria a solução ideal diante da gravidade do quadro. Junto com a Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA) temos acompanhado a discussão dentro do Ministério da Economia sobre a criação do Fundo de Aval Solidário (FAS), ferramenta que funcionaria como uma espécie de garantia para a liberação dos recursos provenientes da linha de composição de dívidas agropecuárias do BNDES. Criada em 2018 a partir dos trabalhos da Comissão Externa do Endividamento, a linha acabou não surtindo o efeito desejado, uma vez que os bancos optaram por não aderir em virtude dos riscos envolvidos nas operações. Fala-se que seria possível destravar cerca de R$ 20 bilhões para atender os setores mais problemáticos, entre eles o arroz. Aliás, o setor orizícola é o que exige medidas ainda mais diferenciadas. Neste caso, somente com uma intervenção forte do Estado poderemos evitar a paralisação da atividade. É mais uma medida que requer urgência e confiamos na sensibilidade do presidente Bolsonaro com um setor que ele ou a conhecer com profundidade.
Deputado Federal Jerônimo Goergen (Progressistas-RS)
abril 17, 2019
🖒obrigado
abril 17, 2019
Como produtor de arroz , estou perdendo toda esperança!
Fernando Dominguez
Rosário do Sul RS
maio 20, 2019
Obrigado pelo comentário! Vamos reá-lo ao deputado. Abraço
abril 17, 2019
Deputado boa noite.
Parabéns pelo artigo e pelo redobrado esforço, quase como uma andorinha só, em defesa do setor agropecuário.
Temos que repensar o atual modelo (?) de política agrícola adotado em nosso País. O que aí está já não atende mais nossas necessidades. O governo que se elegeu com votação maciça dos produtores rurais tem a OBRIGAÇÃO de atender nossas demandas. Será que precisaremos ameaçar com uma ampla greve para sermos atendidos como fizeram os caminhoneiros??
Nossa paciência está se esgotando.
Forte abraço
maio 20, 2019
Obrigado pelo comentário! Vamos reá-lo ao deputado. Abraço
maio 7, 2019
Parabens ao deputado Jeronimo Goergen! Venho acompanhando seu trabalho em prol da classe produtora rural . Continue firme nessa dificil tarefa.
maio 20, 2019
Obrigado pelo comentário! Vamos reá-lo ao deputado. Abraço